Após lançar o aclamado álbum de estreia "LOW", os britânicos da THECITYISOURS contaram pra gente como foi o processo criativo do álbum, além de também falar um pouco sobre a história da banda e suas influências.
THECITYISOURS foi fundada em 2015 em Londres e é composta por Sam Stolliday (Vocalista), Mikey Page (Vocalista/Guitarrista), Stuart Mercer (Guitarrista), Jamie Deeks (Baixista) e Louis Giannamore (Baterista). A discografia da banda atualmente conta com 2 EPs, sendo eles "Wildfire", que foi lançado em Julho de 2016 e conta com 5 faixas e "Hollow Hope", lançado em Maio de 2017 com 4 faixas, além do recém-lançado "LOW" que conta com 11 faixas, incluindo os singles "Don't Wait For Me", "If You Know, You Know" e "Veins".
Antes de qualquer coisa gostaríamos de dizer que estamos muito felizes e honrados pela oportunidade e gostaríamos de agradecer a confiança que a banda depositou em nós e também ao apoio de todos vocês!
Mas agora vamos ao que importa, esperamos que vocês gostem da entrevista!
Respondido por Jamie Deeks (Baixista), Stuart Mercer (Guitarrista), Sam Stolliday (Vocalista) e Louis Giannamore (Baterista):
LIT: A banda começou por volta de 2015 né? Você pode nos contar sobre como a banda começou e qual a maior influência musical para iniciá-lo e criar seu próprio som?
Jamie Deeks: É loucura que 2015 parece que foi há muito tempo agora! George, Mikey e Conor já estiveram em uma banda antes, assim como George e Jamie, e nós costumávamos participar da cena musical local com o Sam, que estava em outra banda na época. Então estávamos todos bem perto de um jeito ou de outro. Nós estávamos meio que formando a banda das cinzas de outra, e o som veio naturalmente, já que sempre escrevemos nossa música a partir dos nossos sentimentos e emoções.
Musicalmente eu acho que Deaf Havana seria uma grande influência na época, não havia nenhuma intenção real de Mikey cantar originalmente, mas um dia nós o ouvimos cantando uma música do Deaf Havana na cozinha enquanto limpava, e sua voz parecia perfeita para o que queríamos. Com o passar do tempo a vida atrapalhou e George e Conor deixaram a banda para buscar outros caminhos, Stuart já era nosso técnico de guitarra há algum tempo, e um bom amigo há muitos anos, então ele se encaixou no papel instantaneamente. Lou era o único que não conhecíamos de antemão quando ele fez o teste para entrar na banda. Todos nós ficamos impressionados com suas habilidades de bateria e nossas personalidades bateram imediatamente, o resto é história.
LIT: Vocês recentemente lançaram seu álbum de estreia “LOW”, como foi o processo de gravação e composição do álbum? Qual foi o maior desafio durante o processo de gravação?
Stuart Mercer: Nós originalmente entramos no processo de composição com pouca ou nenhuma idéia do que estávamos nos esforçando para alcançar. Parece que estava na hora certa para começarmos a escrever material novo e pensar no futuro, mas estávamos presos em uma fase um pouco complicada, pessoalmente e como uma banda, e não tínhamos certeza de onde isso levaria. Este foi um momento muito difícil para nós, como banda e como indivíduos, e questionamos se poderíamos continuar, daquelas emoções que escrevemos 4 faixas – “Casket”, “Veins”, “Now That You Gone” e “Sacred” – estávamos super empolgado com elas e decidimos gravá-las. Neste ponto, já tínhamos uma idéia real sobre se queríamos fazer outro EP ou transformar este próximo lançamento em um álbum completo. Depois que decidimos que seria um álbum, o processo de escrita fluiu suavemente e o conceito do álbum começou a se formar usando nossos problemas pessoais e emoções como nossa motivação. Foi assim que acabamos com o “LOW”. Estamos todos incrivelmente orgulhosos pelo álbum e somos incrivelmente gratos por todos que fizeram parte dele.
LIT: Como você se sente sobre a enorme resposta de pessoas ao redor do mundo após o lançamento dos primeiros singles de “LOW”? Como vocês tiveram a idéia de ter Connor Hallisey da Our Hollow, Our Home no single “Bare Bones”?
Jamie: A resposta foi absolutamente insana. Tantos pacotes que enviamos foram para lugares que nunca vimos pessoalmente! Saber que a nossa música está chegando a todo o mundo é uma sensação incrível. Nós somos tão humildes que as pessoas ouvem as letras e se conectam com elas.
Os caras da Our Hollow, Our Home têm sido bons companheiros nossos há muito tempo, eles são uma banda que nós realmente gostamos tanto quanto músicos e pessoas. Quando estávamos trabalhando coletivamente nessa seção em particular de "Bare Bones", todos concordaram que aquilo havia sido feito para no estilo do Connor, e bem cedo no processo de composição, pedimos que ele participasse, porque sabíamos que seria incrível. Estamos extremamente felizes por ele ter gostado da faixa e aceitado trabalhar conosco, e isso elevou a “Bare Bones” a um novo nível.
LIT: A banda começou em Londres né? Como foi sua cena local no momento em que a banda foi formada? Como está a cena agora? Como você espera que suas músicas possam afetar sua cena musical local?
Sam Stolliday: Correto, eu sinto que a cena em torno de Londres flutua constantemente à medida que os anos têm passado desde a formação da nossa banda.
Com as novas gerações, vem uma oportunidade para novos fãs, no entanto, a questão-chave com a cena, especialmente na última década, é que os locais menores estão sendo fechados. Com espaços maiores sendo os principais "lugares para ir aos shows”, principalmente de artistas mais estabelecidos, fica difícil para as próximas bandas criarem uma marca por causa do apoio cada vez menor para os locais menores. Independentemente disso, eu não tenho medo de que a nossa cena vá morrer, não agora, nem nunca... É a melhor cena sem dúvida (favoritismo da melhor forma possível)!
LIT: Qual é a coisa mais difícil sobre estar em uma banda? E qual é a melhor coisa? Qual foi a maior conquista que vocês já conseguiram como banda?
Louis Giannamore: Na indústria de hoje, é difícil para bandas como nós conseguirem ganhar uma vida substancial com a nossa arte. É uma luta constante para nos sustentar financeiramente já que é um trabalho diário que você precisa ter apoio para viver pela sua paixão. Quando há tantas outras bandas como nós tentando ganhar um nome por si só, também fica mais difícil de se destacar. É vital, às vezes, dar um passo para trás e perguntar a si mesmo: "Isso é algo que as pessoas vão lembrar?”.
Ter a oportunidade de visitar e conhecer novos lugares, juntamente com as pessoas que você conhece, é uma oportunidade incrível que vem com o nosso trabalho. Quando chegamos a um novo lugar e conhecemos as pessoas que são fãs do que estamos fazendo, é algo que nós nos lembraremos para sempre, é extremamente gratificante.
O lançamento do “LOW”, nosso álbum de estréia, para finalmente ver o que nós trabalhamos por tantos meses, nas mãos dos fãs locais e ao redor do mundo. Para ver nossos rostos na Kerrang!, a revista que todos nós compramos e lemos enquanto crescíamos, tudo graças à esse álbum. Isso já abriu muitas portas para todos nós e não podemos esperar que a próxima porta seja aberta.
LIT: Vocês vão tocar no Holloween ainda este ano, quais são as expectativas para esse show? Como você acha que um evento como o Holloween pode ajudar a movimentar sua cena musical local?
Jamie: O Holloween é um dos destaques do nosso ano, tanto como músicos, quanto como fãs. Estamos muito gratos por sermos convidados de volta pelo segundo ano consecutivo e Southampton é um dos nossos lugares preferidos de todos os tempos para tocar. Com a quantidade de bandas incríveis tocando, incluindo a Our Hollow, Our Home, esperamos que seja ainda maior do que nos anos anteriores, e que seja o melhor até o momento, e que o evento cresce a cada ano.
É muito importante ter eventos como o "Holloween" para toda a cena. Reúne as bandas, oferece um lineup incrível, muitas vezes com bandas independentes que, apesar disso, ainda estão se destacando nessa moda DIY (Do It Yourself ou faça você mesmo, em tradução livre), e dá aos fãs a chance de ver um coletivo de bandas que eles amam, além descobrir muitas novas bandas que pode impressioná-los e fazer tudo em um local incrível que eleva o desempenho de todos. Sinceramente somos muito gratos à equipa da Our Hollow, Our Home por fazerem o evento acontecer ano após ano e continuarem sempre melhorando.
LIT: Qual foi seu show favorito até hoje, por quê? E qual sua música favorita para tocar ao vivo?
Jamie: Download Festival com certeza! Estar no palco tocando na frente de tantas pessoas, nos deixou tão emocionados e gratos pelas oportunidades que tivemos até agora nessa banda. Há muitos outros que são marcantes também, Holloween 2018 e Boston Music Rooms para o lançamento do nosso EP são alguns exemplos.
Eu diria que a nossa música favorita para tocar ao vivo muda regularmente, mas no momento, nós estamos curtindo tocar coisas do novo álbum porque é algo novo para nós e é um grande sucesso com platéia. O destaque é, provavelmente, “Casket”, já que quando a faixa começa, as pessoas imediatamente gritam a frase de abertura para nós.
LIT: Obrigado pela entrevista! Tem algo que vocês querem dizer a todos os seus fãs no Brasil e em todo o mundo?
Jamie: O apoio que tivemos em todo o mundo, especialmente no Brasil tem sido tão incrível que nos deixa sem palavras! Ter sido capa de uma grande playlist do Spotify Brasil, juntamente com colocações em várias outras playlists, e entrar no top 10 das músicas virais do Spotify no Brasil, o apoio simplesmente nos surpreende. Vocês, nossos fãs brasileiros, são tão solidários e nós amamos todos vocês!
Adquira o álbum "LOW" em: https://thecityisours.bigcartel.com
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