A banda norte-americana de Pop-Punk Real Friends desembarca essa semana no Brasil pela primeira vez para começar a sua primeira turnê pela América Latina, que também passará pela Argentina, Chile e México, e nós tivemos a oportunidade de conversar com o vocalista da banda, Dan Lambton, sobre as expectativas para essa turnê, sobre o processo criativo do último álbum da banda, o "Composure", lançado em Julho do ano passado, sobre saúde mental e muito mais.
Real Friends é uma banda norte-americana formada em 2010, em Tinley Park, Illinois. A banda atualmente é composta pelos membros Dan Lambton (Vocalista), Dave Knox (Guitarrista), Brian Blake (Baterista), Eric Haines (Guitarrista) e Kyle Fasel (Baixista).
Real Friends tem 3 apresentações marcadas no Brasil, começando no Rio de Janeiro no dia 22/02, São Paulo, ao lado da banda Never Too Late, no dia 23/02 e Curitiba no dia 24/02.
Mais informações sobre os eventos e venda de ingressos em: https://litmidia.wixsite.com/litblog/posts/real-friends-brasil-2019
Antes de qualquer coisa gostaríamos de dizer que estamos muito felizes e honrados pela oportunidade e gostaríamos de agradecer a confiança que a Solid Music Entertainment e a banda depositaram em nós e também ao apoio de todos vocês.
Mas agora vamos ao que importa, esperamos que vocês gostem da entrevista!
Respondido por Dan Lambton (Vocalista):
LIT: Vocês estão finalmente vindo para o Brasil em fevereiro de 2019, já que é sua primeira vez aqui, o que você espera para essa turnê? Você alguma vez imaginou que sua música poderia levá-lo tão longe que você seria capaz de viajar pelo mundo e chegar a um lugar como o Brasil?
Dan Lambton: Eu sinceramente não tenho ideia do que esperar. Nós começamos a ir a muitos lugares do mundo, incluindo a Austrália e o Japão, então adicionar o Brasil a essa lista, depois de tudo o que ouvimos sobre, vai ser incrível.
LIT: A banda foi formada por volta de 2010 né? Como isso começou? Qual foi a maior influência musical para começar a banda e fazer seu próprio som?
Dan: Kyle, nosso baixista, e Dave, nosso guitarrista, originalmente se juntaram e escreveram uma música ou duas e depois me chamaram para tentar escrever alguns vocais pra usar nas músicas que eles tinham escrito e isso só funcionou. Eu diria que influências comuns na época seriam bandas como You, Me and Everyone We Know, The Starting Line e bandas como essas.
LIT: Vocês lançaram seu terceiro álbum de estúdio chamado “Composure” no último ano, como foi o processo de gravação e composição deste álbum? Como esse álbum é diferente do seu trabalho anterior?
Dan: Nós escrevemos uma quantia considerável de músicas para o Composure no estúdio, o que é algo que nunca havíamos feito no passado. Trabalhamos sozinhos em pelo menos metade do álbum e depois trouxemos trechos de músicas e instrumentais para serem trabalhados com nosso produtor Mike, para que ele pudesse adicionar uma nova perspectiva à nossa música que ainda é capaz de carregar uma emoção crua mais agressiva, e também adicionar mais da sensibilidade pop cativante.
LIT: “Composure” parece um álbum extremamente pessoal, qual foi a motivação por trás das letras? Sentimentos pessoais e situações influenciaram o processo de escrita do álbum?
Dan: Kyle e eu dividimos as letras do álbum, mas do meu lado eu passei por muitas mudanças na minha vida que levaram a algumas revelações estranhas. Antes de começarmos a gravar, eu havia acabado de me mudar para um novo bairro. Acabei com um relacionamento de longo prazo, e caí em um confuso episódio maníaco que ocuparia a maior parte do material que eu escrevi.
LIT: O que “Composure” significa para você?
Dan: Eu acho que isso se aplica ao nosso comportamento e como agimos quando nos deparamos com certas situações estressantes. É sobre como percebemos mudanças drásticas em nosso ambiente e em nossas ideias sobre nós mesmos e quem sentimos que devemos ser.
LIT: Real Friends tocou na última edição da Vans Warped Tour, como foi a experiência de tocar em um festival que marcou uma geração? Como você acha que o final do festival pode afetar toda a cena musical?
Dan: Foi definitivamente uma experiência maravilhosa. Eu estava indo para a Warped Tour desde 2006, então poder tocar alguns anos na turnê incluindo o ano passado é surreal. Eu não sei ao certo como ficará a cena sem a Warped Tour. Tenho certeza de que alguém tentará capitalizar seu próprio festival que dura um dia inteiro e viaja por vários lugares, mas teremos que esperar para ver.
LIT: A banda já falou antes sobre a luta de Dan com problemas de saúde mental e recentemente nós temos visto muitas bandas unidas em projetos para tornar ainda mais pessoas conscientes sobre a prevenção do suicídio e saúde mental, o quão importante vocês acham que é ter projetos que juntam grandes bandas para falar sobre esse tipo de assunto e ajudar pessoas necessitadas?
Dan: Eu acho que neste caso somos capazes de nos engajar com uma comunidade que tem sido negligenciada por muitas gerações antes de nós e ajudar a crescente comunidade que tem se tornado cada vez mais aceita e que apoia estas questões. As pessoas sentem-se mais à vontade para visitar um profissional ou perguntar sobre os medicamentos apropriados ou o que quer que seja para se nivelarem. Estamos promovendo um espaço onde todos estão conscientes de que todos nós temos nossos próprios demônios e que precisamos fazer algo sobre isso.
LIT: A banda começou em Tinley Park, Illinois, certo? Como foi sua cena local no momento em que a banda foi formada? Como está a cena agora?
Dan: Eu não tenho certeza se realmente havia muita coisa acontecendo no lado sul de Chicago, na medida em que a cena da qual participamos foi mudando. Nós acabamos de perder nossa principal casa de shows e a maioria das bandas parecia estar indo para as cidades e para os locais diurnos do lado norte para tocar. Kyle eventualmente teve a ideia de alugar um salão de festas em um boliche local, a fim de fazer shows e tem sido um lugar bastante consistente para os shows locais e bandas menores para tocar nos últimos anos. Obrigado Kyle!
LIT: Wow, que ótima entrevista! Obrigado pela oportunidade! Tem algo que vocês querem dizer para todos os seus fãs no Brasil e em todo o mundo?
Dan: Vamos vê-los em breve! Talvez eu até aprenda um pouco de português
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