Essa semana nós tivemos a chance de conversar com uma grande banda canadense de Punk Rock, a banda MUTE. Nessa entrevista, a banda comenta um pouco sobre as expectativas para a turnê na América do Sul, sobre o processo de gravação do álbum “Remember Death” e sobre a cena punk canadense atualmente.
MUTE é uma banda canadense de Punk Rock fundada em 1998, a banda possui 4 álbuns de estúdio e 1 EP na carreira e conta com influências sonoras de bandas como Satanic Surfers, Strung Out, Children of Bodom, No Fun At All e Pennywise. MUTE vem ao Brasil em Fevereiro ao lado da banda No Trigger com uma turnê sul-americana passando por Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e São Paulo.
Antes de qualquer coisa gostaríamos de dizer que estamos muito feliz e honrados pela oportunidade e gostaríamos de agradecer a confiança que a Solid Music tem depositado em nós e também ao apoio de todos vocês que seguem e compartilham nossas postagens!
Mas agora vamos ao que importa, esperamos que vocês gostem da entrevista!
Respondido por Alexis Trépanier (Guitarrista):
We Are Fearless: Como vocês se sentem sobre voltar para o Brasil? O que você espera para esta turnê? O que podemos esperar de todos vocês?
Alexis Trépanier: Nos sentimos muito entusiasmados por voltar ao Brasil! Qualquer viagem à América Latina é uma ótima fonte de entusiasmo para nós. Estamos ansiosos para experimentar mais uma vez a paixão ilimitada dos fãs brasileiros!
WAF: Como foi o processo de gravação e composição do “Remember Death”? Como este álbum é diferente dos últimos musicalmente falando?
Alex: O processo de fazer “Remember Death” foi longo e cansativo. Passamos muito tempo na fase de pré-produção, registrando nossas próprias demonstrações no espaço de ensaio. Nós confiamos nesses demos para obter todos os detalhes certos, não importa quão pequeno e trivial. Mais tempo foi dedicado para elaborar os vocais e letras também.
Ter o nosso próprio equipamento de gravação realmente nos ajudou a conseguir as músicas prontas como poderiam ser antes de realmente ir para o estúdio. Eu não acho que haja diferença importante e óbvia entre o último álbum e o anterior. As mudanças são muito mais sutis. Seja adicionando alguns instrumentos menos tradicionais para apimentar algumas músicas, ou simplesmente variando os tempos das músicas um pouco mais do que antes, então tudo não é tocado exatamente na mesma velocidade. O diabo está nos detalhes.
WAF: Desde o lançamento do primeiro álbum "Blueprints”, qual foi a maior mudança no som da banda?
Alex: Para mim, é a qualidade da escrita da música. Pode soar como um elemento vago e intangível, mas não sei como descrevê-lo. Do “The Raven” em diante, nós ficamos muito melhores.
WAF: Qual foi a maior influência para começar a banda e qual a sua fonte de inspiração atual para continuar fazendo música desde o início?
Alex: Bom, eu não estava na banda no início, mas imagino que foi a mesma motivação que me fez entrar em uma banda em primeiro lugar. O desejo de tocar a música que amamos e tocar nossa própria música. Os motivos para continuar são os mesmos que quando começamos.
WAF: Qual foi a maior conquista que vocês já conseguiram como uma banda? E o que é mais difícil sobre estar em uma banda?
Alex: Eu acho que nossa maior conquista é que fomos bem-sucedidos sem ter comprometido nossa música. Teria sido fácil mudar nosso som para algo mais popular e pegar um atalho para ficar maiores dessa maneira, mas nunca a consideramos. Forjamos nosso próprio caminho, em nossos próprios termos.
WAF: Qual foi seu show favorito até agora, por quê? E qual é a sua música favorita para tocar ao vivo? Alex: Isso é difícil… há tantos incríveis. Nós poderíamos provavelmente fazer os melhores 5 melhores shows apenas com a América do Sul! Acho que não posso simplesmente escolher um… São Paulo em 2014, Bogotá em 2014, México DF em 2014, primeira vez em Tóquio em 2015… Eu poderia continuar para sempre. A música favorita para tocar é provavelmente o “Bates Motel”, pois é uma das músicas que obtém a melhor reação da multidão.
WAF: A banda começou no Canadá certo? Como foi a sua cena local no momento em que a banda foi formada? Como está a cena agora? Há alguma banda local que vocês querem nos mostrar?
Alex: Isso mesmo, somos da Cidade de Quebec, Canadá. Quando começamos, há mais de 15 anos, a cena era muito boa. Tinham muitos shows o tempo todo e muitas pessoas iam á esses shows. Não apenas de bandas da Epitaph/Fat Wreck, mas também bandas locais. A maioria dos shows era realmente bem frequentada e as multidões faziam parte disso. Infelizmente, esses dias já se foram. A maioria das pessoas que você costumava ver em shows raramente aparecem agora, e eles não foram substituídos por fãs mais jovens.
Conseqüentemente, os shows ficaram menores. A menos que seja um grande festival, é muito mais difícil atrair pessoas em shows punk. De qualquer forma, ainda existem algumas bandas da nossa área carregando a tocha. Na verdade, temos um show em algumas semanas com Go Great Guns e Our Darkest Days, que todos vocês devem conhecer!
WAF: Há algo que vocês querem dizer a todos os seus fãs no Brasil?
Alex: É aqui que falar português seria útil agora? Vamos apenas dizer que não podemos esperar para ver todos vocês maravilhosos fãs brasileiros no show. Prepare-se!!
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