Prestes a lançar seu álbum de estreia, o Rapper Heil Chuck conversou com a gente pra contar um pouco sobre o processo criativo do projeto, pra falar sobre as influencias, expectativas e muito mais.
Heil Chuck começou em 2019 com os singles "Desastre Natural" e "Hellboy". Com a excelente resposta do público, o músico já iniciou a composição do seu primeiro álbum que se chamará "Presságio" e será lançado ainda esse ano. O Rapper já disponibilizou também o primeiro single do álbum "8.760" que você pode conferir abaixo na entrevista!
Antes de qualquer coisa gostaríamos de dizer que estamos muito felizes e honrados pela oportunidade e gostaríamos de agradecer a confiança que o artista depositou em nós e também ao apoio de todos vocês!
Mas agora vamos ao que importa, esperamos que vocês gostem da entrevista!
Respondido por Kaue Ferraz (Heil Chuck):
LIT: Como Heil Chuck começou? Quais foram as maiores influencias para começar o projeto?
Kaue Ferraz: Salve Bruno, primeiramente obrigado por ceder o espaço da LIT para falar mais sobre o meu projeto! Bom, vou tentar ser breve! Heil Chuck surgiu como uma necessidade de expressão artística. Numa época em que eu já não me entendia mais como músico... após 8 anos atuando em bandas (sendo guitarrista e vocalista), tudo virou muito mecânico e inexpressivo para mim. E mesmo que a minha vida toda tenha sido influenciada pelo rock (metal/grunge/punk), eu já não conseguia me expressar nas músicas da forma que eu queria.
O querer passou a ser uma necessidade e o segundo estilo que sempre foi atrelado em tudo o que eu fazia, é o rap.
Na nostalgia de escutar Racionais, Eminem e Sabotage! Descobri que eu também conseguia fazer isso. Mas eu diria que a minha maior influência para começar de fato a fazer rap, foram o Machine Gun Kelly e Twenty One Pilots, que já misturavam rock e rap sem nenhum tipo de padrão musical.
LIT: Como foi o processo criativo do álbum “Presságio”? Quais foram as maiores dificuldades durante a composição e quais foram suas maiores inspirações? Quais são as expectativas para o lançamento do álbum?
Kaue: Comecei compondo por um aplicativo de celular chamado "launchpad", onde eles disponibilizam diversos "loopings" de sampler para você montar suas músicas de forma livre. Basicamente o álbum tem 7 faixas desenvolvidas através deste app. Porém, tudo sendo feito por um celular tem suas dificuldades, por ser um aparelho limitado. A falta de recurso para explorar mais coisas na criação de uma música comumente feita em estúdio, eu nunca tinha feito algo parecido e sentia falta de fazer tudo do zero, criando timbres e tal. Mas minha expectativa é muito boa!
Com pouco recurso eu consegui criar algo grande que eu nunca tinha feito antes. Que seja um exemplo para muitos artistas independentes. :)
LIT: Como você definiu que o nome do álbum seria “Presságio” e o que essa palavra significa pra você?
Kaue: Tudo se baseia na minha vida pessoal. Num período onde eu perdi pessoas queridas, abusei fortemente de drogas e álcool, perdi meu emprego e fui morar sozinho. A depressão que eu já tinha desde muito novo, só se agravou de forma pior. A sensação de perda e solidão me fez amadurecer! Isso refletiu diretamente na forma como eu compunha.
Tudo me remetia a coisas que eu já tinha passado e coisas que levaram a morte de um amigo querido. Ao me ver nessa situação foi como se eu tivesse vivendo um presságio de fato. Como se eu já tivesse visto aquele filme todo, sabe!? Como se tudo não passa-se de um aviso da vida tentando me fazer mudar.
LIT: Qual a principal mensagem que você espera passar com o “Presságio”?
Kaue: A minha principal intenção é mostrar que todos nós estamos sujeitos a errar na vida. Mas que podemos aprender com esses erros e nos tornarmos pessoas melhores todos os dias.
O fracasso é também um aprendizado, cabe a você direcionar os seus objetivos e nunca perder o seu propósito de vida.
LIT: No último ano você lançou os singles “Desastre Natural” e “Hellboy”, como foi a recepção do público com essas faixas?
Kaue: Incrivelmente boa!
Apesar de não ter uma grande visibilidade por ser algo muito recente e diferente de tudo o que eu já fiz, a galera conseguiu absorver o que eu queria passar e sempre tive bastante apoio! Grato a todos.
LIT: Você já fez parte de bandas como Sthock e 13 Milhas, ambos os projetos seguiam uma sonoridade diferente do seu projeto atual, o que te motivou a mudar e seguir com a nova sonoridade?
Kaue: Eu me sentia ofuscado e amador. Sempre quis alcançar mais! Queria chegar num nível artístico que fosse reconhecido e me deixasse satisfeito com o que eu fazia. Eu vi no rap uma forma mais simples de alcançar esse objetivo, até porquê, eu faço tudo da forma como eu quero. Não existe uma regra.
E eu sinto que me saio melhor rimando do que cantando melodias no rock. Apesar de ainda implementar alguns elementos do estilo na minha sonoridade.
LIT: Como você acha que a pandemia do COVID-19 pode afetar a cena musical daqui pra frente?
Kaue: Acredito (e espero) que as pessoas passem a se preocupar em criar mais "hinos" envolvendo causas, mostrando a importância de se informar e refletir sobre o comportamento do ser humano.
Isso define vidas.
Não que não possa ter músicas pop e comerciais, mas precisamos ter um espaço grande e reconhecido para passar boas mensagens. Ainda mais pelo Brasil ser um país onde muitas pessoas não tem noção da própria realidade.
A música é uma fonte de entendimento.
LIT: Obrigado pela entrevista, tem algo que você gostaria de adicionar?
Kaue: Agradeço a oportunidade de falar mais sobre meu projeto! Meu recado é: Busquem a reflexão! Tenha empatia e saibam valorizar o que de fato tem valor e não preço.
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Confira a capa e a tracklist do álbum "Presságio":
1 - Regresso
2 - Abutres
3 - 8.760
4 - Metamorfose (feat. Elaine Correa)
5 - Questão de Tempo
6 - Plebeu
7 - Tudo Que Me Resta
8 - Assasino Lírico
9 - Confissões
10 - Homens Mortos Não Contam Histórias
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