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Foto do escritorBruno Ariel

ENTREVISTA: DEAD FISH (WAO 2018)


Foto por: Guilherme Fernandez

Em menos 2 semanas a terceira e maior edição da We Are One Tour desembarca em São Paulo com um lineup de peso contando com grandes atrações internacionais como Pennywise, celebrando 30 anos de carreira, Comeback Kid e Belvedere, além de grandes representantes nacionais como Garage Fuzz, Sugar Kane, Direction e a protagonista da nossa entrevista de hoje, a grande banda de Hardcore nacional, Dead Fish.


Nessa entrevista, a banda fala um pouco sobre política, cena local, planos para o futuro e sobre as expectativas para se apresentar ao lado das bandas Pennywise, Comeback Kid e Belvedere na We Are One Tour 2018.


Dead Fish é uma banda de Hardcore que começou em 1991 em Vitória, no Espírito Santo e atualmente é composta por Rodrigo Lima (Vocalista), Alyand Mielle (Baixista), Marcos Melloni (Baterista) e Ric Mastria (Guitarrista). A banda conta com uma extensa discografia composta por 7 álbuns de estúdio, 2 DVDs, 3 álbuns Ao Vivo e muito mais, além de já estar preparando terreno para um novo álbum de estúdio que deve sair no primeiro semestre de 2019.


A banda será uma das headliners da We Are One Tour 2018 em São Paulo, você pode conferir todos os detalhes sobre o evento em: https://litmidia.wixsite.com/litblog/events/we-are-one-tour-2018-sao-paulo

Antes de qualquer coisa gostaríamos de dizer que estamos muito feliz e honrados pela oportunidade e gostaríamos de agradecer a confiança que a Solid Music Entertainment tem depositado em nós e também ao apoio de todos vocês!


Mas agora vamos ao que importa, esperamos que vocês gostem da entrevista!


Respondido por Rodrigo Lima (Vocalista):


LIT: Quais são as suas expectativas para tocar ao lado de grandes bandas como Pennywise e Comeback Kid na maior edição da We Are One Tour? O que podemos esperar da banda?

Rodrigo Lima: Estamos muito felizes em fazer parte do lineup em SP dessa tour. O Pennywise é uma banda que estava lá quando fundamos a nossa, existem músicas deles que são a trilha sonora dos primeiros anos de DF, é uma felicidade estar perto deles, são pessoas legais também e isso também faz a diferença. Estou super curioso com o show do Belvedere que nunca vi ao vivo. Quero estar perto dos meus também, ver o Garage que é sempre especial e os Sugarkanes, onde o Ric, nosso guitarrista toca também. Vai ser uma noite muito legal. 


LIT: A bandas já tem 27 anos de carreira certo? Você pode nos contar um pouco sobre como a banda começou? Quais foram as suas maiores influências para solidificar um som próprio e autoral?

Rodrigo: Começamos em Vitória no ES. Éramos um bando de moleques que andava de skate e queria tocar as bandas que ouvíamos andando. Naquele tempo, ouvíamos muito Bad Brains, Ratos de Porão, Cólera, 7 seconds, Bad religion... Acho que esse foi o big bang, mas sempre ouvimos muito mais coisas e isso influenciou bastante em criarmos algo nosso. 



LIT: Durante toda a carreira, quais foram as suas maiores conquistas como uma banda? Quais as melhores e piores coisas sobre estar em uma banda com tanto tempo de estrada?

Rodrigo: Talvez a maior conquista seja estar aqui ainda, depois de tanto tempo. Tem que ser muito vagabundo e persistente pra amar tudo isso até hoje. Sou feliz, tenho o melhor trampo do mundo, com todos os benefícios e consequências. A pior coisa é envelhecer e ver algumas coisas ruins se repetindo. A gente viveu muita coisa em quase três décadas e vivê-las de novo, me traz pessoalmente, um deja vù de merda. E isso é péssimo. 


LIT: A banda sempre demonstrou um posicionamento político muito claro, em algum momento durante todo esse tempo de banda, isso causou algum tipo de problema ou censura?

Rodrigo: Não me lembro de ter sido censurado, não ainda... Pode acontecer daqui pra frente. Problema de violência em show por conta de sermos esquerdos também ainda não, mas acho que estamos prontos pra isso, mesmo eu tendo certeza que o punk e o hardcore onde nascemos e crescemos seja um ambiente sem espaço pra mentalidades neo nazis ou neoburras faciopentecostais whitepardo classe média bundona brazuca atual. O punk é canhoto, o hardcore é progressista, sempre fomos, me sinto bem no nosso cenário. 


LIT: Como vocês enxergam bandas da cena que apoiam partidos e candidatos que propagam mensagens de ódio, homofobia e machismo?

Rodrigo: Estão equivocados, completamente. Deviam desistir. Sei lá, montar uma banda de sertanejo... Acho mais apropriado. Deve dar até mais grana. Mesmo assim, pensando aqui, muito da postura misógina, macho, racista nem pega mais tão bem no sertanejo. Sei lá... desistam, comprem um pogobol e colem uma suástica e saiam pulando por ai. 



LIT: A banda recentemente tocou na segunda edição do evento “Hardcore Contra o Facismo” em São Paulo, como vocês acham que manifestações como essa, que unem diversas bandas e pessoas por um ideal, podem afetar e influenciar a cena local?

Rodrigo: Não sei, estamos lá com nossos pares pra apoiar o que acreditamos. Acho perfeito seguirmos assim, sem expectativas grandes e produzindo. Devíamos ter estado juntos desde sempre. 


LIT: Em Abril de 2018, a banda lançou o single “Roubando Comida”, podemos esperar mais novidades em breve?

Rodrigo: Disco novo pro ano que vem. Estamos no meio da produção. 


LIT: Obrigado pela entrevista! Tem algo que gostariam de dizer para todos os fãs da banda?

Rodrigo: Obrigado pela oportunidade de falar. Abraços e até já. 


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